segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A Evolução Invalida Deus?



Evolução é o fenômeno biológico em que os seres vivos mudam ao longo do tempo, podendo gerar ou não outras espécies. Muito ainda se debate sobre como este processo ocorre e quais são os fatores que o provocam, entretanto o fenômeno evolutivo é tão real e palpável quanto qualquer outro fenômeno natural, sendo observável, manipulável e testável em laboratórios.


Desde seus primeiros esboços com Anaximandro até a sua consolidação com Charles Darwin e Alfred Russel Wallace e posteriores estudos com Ernst Mayr e outros pesquisadores, a evolução tem se tornado um campo cada vez mais nítido e palpável das ciências biológicas.


Diferentemente do que o senso comum fala : “Mas evolução é apenas uma teoria”, teorias mudam com o tempo, podem ser validadas ou descartadas, entretanto em mais de 150 anos da publicação do livro A Origem das Espécies, a teoria da evolução no foi refutada, somente confirmada e também amalgamada, adaptando-se aos conhecimentos da genética e comportamentais.


Atualmente podemos afirmar com quase 100% de certeza que a evolução é um fenômeno que aconteceu e acontece com todos os seres vivos no planeta Terra.


Pois então por que existem ainda tantas pessoas que insistem em refutá-las ou negá-las ?


Por que isso nos aproxima dos outros seres vivos. Nós, que por milênios acreditamos que nossa inteligência e existência se deu por algum ser que nos fez à sua imagem e semelhança, dotando-nos do livre arbítrio e que este universo e tudo nele foi feito para nós ou para aqueles que entendiam a palavra (Se bem que para muitos isto ainda continua uma verdade irrevogável). A noção de que não fomos criados por um ser superior à sua imagem e semelhança, é completamente invalidada pelo conceito que temos uma origem comum com todos os seres vivos, inclusive nossos comportamentos e intelecto são na verdade espelhos muito mais elaborados dos de outros animais, como chimpanzés e peixes.


A evolução é um dos fenômenos que nos fazem sair do pedestal do antropocentrismo e sobretudo invalida um dos pilares das religiões judaico-cristão. Darwin facilitou, de certa forma, a vida dos ateus, pois após sua teoria haveria uma explicação para o surgimento dos humanos que não necessitasse de um Deus ou outra entidade mística.


Entretanto, a evolução em si é incompatível com Deus ?


Na verdade não, Deus é uma questão que a ciência, com suas atuais bases filosóficas, não tem como determinar se é real ou não, portanto ser crente ou descrente de divindades é mais uma postura filosófica do que científica. Então a evolução não invalida a existência de Deus, inclusive, a Igreja Católica há algum tempo já aceita a evolução como fato e o relato do gênesis como uma alegoria. Em 2011 um manifesto foi assinado por diversos cientistas e pessoas das igrejas na Inglaterra concordando com o ensino da evolução nas escolas primárias, em resposta à algumas escolas que pretendiam colocar o ensino do criacionismo como uma “teoria” válida em contraponto com a evolução.




Referências:


A Origem das Espécies - Charle Darwin
A Grande História da Evolução - Richard Dawkins
O Maior Espetáculo da Terra - Richard Dawkins
Did Darwin Kill God ? - Documentário disponível no Netflix criado pela BBC

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Como Organizamos e Nomeamos a Vida

Algo extremamente comum ao ser humano é a sua capacidade, quase uma necessidade, de classificar e ordenar tudo o que ele conhece.Temos um talento nato em reconhecer padrões e semelhanças, extremamente útil para identificar predadores, ameaças e alimentos ao longo de nossa história evolutiva. Tanto que em alguns tipos de sistemas de classificação, eles agrupavam os seres vivos em úteis, indiferentes e nocivos.
Ainda que você seja bom de identificar padrões. Onde uma espécie começa e outra termina ?

Aristóteles
Teofrasto
Mudanças na maneira de se classificar começaram a surgir quando Aristóteles, no séc.IV a.C criou um sistema de classificação dos animais baseado na presença ou não de sangue e seu aluno Teofrasto criou outro para plantas de acordo com sua estatura, forma de cultivo e uso. No sistema de classificação de Aristóteles e Teofrasto vemos o rudimento da classificação pela semelhança entre os organismos vivos.






Entretanto, somente após a revolução científica durante o renascimento e a exploração do Novo Mundo,que sistemas novos de classificação e nomenclaturas foram propostos, devido ao acúmulo de dados e espécimes novos que chegavam após cada viagem. 





Carl Linné
O que mais se destacou, tanto que o usamos até hoje, foi o de Carl Linné, Naturalista Sueco que propôs o Sistema de 
Nomenclatura Binomial. Este sistema consiste em nomear todas as espécies existentes com dois nomes em latim, de maneira que diferentes pessoas em diferentes pontos do mundo entendam que elas estejam falando daquele ser vivo. Outro sistema que Linné apresentou para o mundo foi a Classificação Biológica, que consiste em reunir diferentes seres vivos em grupos ou táxons, dos mais específicos aos mais abrangentes, baseados em suas características semelhantes. Este sistema é facilmente reconhecido pelo seu sistema hierárquico -> Reino - Filo - Classe - Ordem - Família - Gênero - Espécie , ou, o famigerado Re.Fi.C.O.Fa.G.E.




Atualmente vemos que este sistema de classificar em “caixas taxonômicas” com delimitações claras entre grupos apresenta algumas sérias falhas dados os conhecimentos atuais. Sobretudo ao organizarmos e agruparmos os seres vivos em táxons hierarquizados, coisa que infelizmente está em desuso, pois conforme o número de espécies aumenta, a classificação delas pede um maior aumento de táxons hierárquicos, tais como subfilo, tribos, superordem, subfamília etc. Outro ponto  importante é com relação à aplicabilidade deste sistema, quando fundado por Linné no séc.XVII a principal hipótese de surgimento das espécies era o Criacionismo bíblico, logo fazia sentido agrupar os indivíduos em táxons distintos, afinal, Deus havia feito todas as espécies independentemente, apesar das semelhanças. Com o advento da Teoria da Evolução de Darwin e posteriores trabalhos de Mayr e colaboradores com a Teoria Neo-Darwinista, viu-se que pelas espécies existentes possuírem um ancestral comum, a idéia destes táxons estaria desatualizada, pois ela considera e trata as espécies diferentemente, como se houvesse uma divisão muito clara entre elas, como você poderia diferenciar uma família e sub-familia ou mesmo uma ordem e superordem, quais seriam os quesitos ? O número de espécies, a idade de surgimento do táxon ? Não existe uma distinção clara entre os diferentes táxons existentes, se eles são uma ordem, superordem, dentre outras, por este motivo usa-se agora somente a palavra táxon para descrever qualquer destes “graus” de classificação.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Sobre Rios e Lobos



O parque Yellowstone, localizado nos EUA tem aproximadamente 900 hectares e mais de 100 anos de idade. Sendo um parque que tem fronteiras com diversas fazendas e ranchos, pedidos de caça são permitidos e muitos animais são abatidos assim que saem dos limites do parque. Para a preservação de espécies de caça no parque, como o alce, o diretor do Serviço de Parque ordenou a exterminação de pumas e de outros animais predatórios existentes no local. Com esse esforço começando em 1918, em 1926 já não havia mais registros da espécie no parque.




Infográfico em Inglês sobre as mudanças ocasionadas pela retirada dos lobos
Diferente do que se esperava, os trabalhadores e pesquisadores começaram a observar, ao longo do tempo, mudanças na vegetação, nos animais e até mesmo nos rios da região. Devido à ausência dos lobos, o maior predador de topo se tornou o coiote, que não consegue caçar animais como alces e bisões, logo os animais doentes e fracos começaram a se reproduzir e assim nasciam mais animais deformados e doentes.






Cena de caça dos lobos à um bisão
Além disso, a ausência do predador gerou uma explosão populacional de presas, que se alimentavam de muitas espécies de gramíneas ribeirinhas. Sem a mata ciliar, os rios começaram a gerar mais erosões nas laterais do rio, aumentando a velocidade e turbidez, reduzindo a profundidade e a oxigenação. Animais que dependiam de águas mais calmas, como castores, rãs e trutas agora estavam se tornando cada vez mais raras. O frequente pisoteio dos grandes animais empobreceu o solo, compactando-o e matando os seus microrganismos e por consequente o empobrecendo. Sem mais predadores de grande escala, animais que dependem de carcaças como ursos, corvos, águias e outros passaram a ficar mais magros e reduziram seu número.


Posteriormente, em 1990, os lobos foram reintroduzidos e com o passar do tempo, todos os efeitos negativos gerados por eles, foram gradativamente recuperados com o aumento da população. Ainda que o lobo agora seja protegido, não há uma fiscalização rigorosa com os animais que saem da reserva.






Este exemplo impressionante elucida muitas das questões sobre os Metaecossistemas. Vemos aí, um tipo de animal terrestre que influencia diretamente nos ecossistemas aquáticos (rios) que estão na região, bem como em toda sua fauna e flora. Este tipo de pensamento, como já explicado no nosso texto sobre metaecossistemas, se torna essencial para avaliarmos impactos em larga escala, incluindo a global, não só auxiliando na sobrevivência de nossa espécies, mas também na preservação de toda a vida deste planeta único e singular chamado Terra.






Referências:


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Galinhossauro, um experimento evolutivo de recapitulação

Jack Horner
Há algum tempo o paleontólogo Jack Horner anunciou um experimento que iria revolucionar a maneira como enxergamos as aves e os dinossauros. O “galinhossauro”, como é popularmente chamado, é um experimento evolutivo de recapitulação. Ao gerarmos atavismos, manifestando características dormentes das aves, que possuem em comum com os outros dinossauros estamos demonstrando o princípio da ancestralidade comum que é um dos pilares da Teoria da Evolução. As características à qual Horner tem se fixado para gerar o “galinhossauro” são, uma cauda longa, com diversas vértebras, uma mão com os três dedos separados e com garras, boca com dentes e a ausência de penas, com a presença de uma pele escamosa.    



Exemplares dos crânios (Da Esquerda à direita): 1 - Galinha controle  2 -Galinha Mutante com dentes 3 - Jacaré


Diferentemente do que muitas revistas e jornais dão à entender, a criação deste indivíduo não será um processo de “evolução reversa” e isso é uma grande erro de conceito. A evolução é um processo contínuo, ainda que algumas espécies adotem estratégias e formas semelhantes seus ancestrais isso não significa que eles voltaram no tempo e se tornaram eles.



















Uma representação de como ficaria o esqueleto do "Galinhossauro"



A evolução é um processo onde não existe um objetivo final ou inicial, é apenas um fenômeno onde espécies mudam e dão origem a outras espécies ao longo do tempo, ao que nos parece inútil ou mesmo pouco adaptado não é relevante. A noção humana do “melhor”, “mais forte”, “mais apto” não é aplicável em vários tipos de situações, tanto que, se formos avaliar, as aves foram os dinossauros mais bem sucedidos, e foi exatamente por não portarem as características que tanto gostamos e estamos habituados dos dinossauros. Durante a extinção do KPg (Cretáceo-Paleogeno), um grande meteorito atingiu a península de Yucatán, levantando partículas de poeira que ficaram em suspensão na atmosfera terrestre, ofuscando a luz solar, matando as plantas pela incapacidade de realizarem fotossíntese, desestabilizando toda a cadeia alimentar. Sobreviveram somente criaturas de pequeno porte, cujas dependências calóricas e alimentícias foram facilmente supridas pelos restos dos grandes animais e outros pequenos sobreviventes. A habilidade de voo e o tamanho reduzido foram essenciais para que estas aves antigas conseguissem encontrar alimento e sobreviver com o pouco que este ecossistema colapsado pudesse oferecer. Este é um dos famosos casos, onde nem sempre o maior é o melhor sobrevivente.



Apesar de anacrônica, a imagem serve como ilustração da real diversidade do grupo dos dinossauros

Atualmente Horner traduziu sua empreitada em um livro “How to Build a Dinosaur”, o qual infelizmente só está disponível em inglês.













Glossário:

Exemplo de Atavismo, golfinho com nadadeiras traseiras
Atavismo - Manifestação de uma característica ancestral antes suprimida, podendo acontecer naturalmente, como os seres humanos que nascem com cauda ou o golfinho que nasceu com nadadeiras traseiras.




Fenótipo - Conjunto de características genéticas que são expressas no ser vivo, diferentemente do genótipo, que podem conter características não manifestadas.









Referências:



terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Mas, afinal, o que é um dinossauro?





Muitos de nós se deparam atualmente como diversos animais pré-históricos nos meios midiáticos, sobretudo após a estréia de Jurassic World. Mas mesmo a grande quantidade destas criaturas fascinantes, acabamos por aceitar a todos como dinossauros, o que não é verdade. Uma das maneiras de diferenciar os dinossauros de outras criaturas pré-históricas é por meio dos seus hábitos, “não nada, não voa e é réptil, é dinossauro.”


Infelizmente, com as atuais descobertas da paleontologia, descobrimos ao menos uma espécie de dinossauro que nada e outra que voa, o Espinossauro e o Yi Qi
Tradução da tirinha:

"Frequentemente ouvimos as palavras "dinossauros aquáticos" ou "dinossauros voadores", mas que fique bem claro que não existem dinossauros aquáticos!"

(momento em que passa o espinossauro nadando)

"Talvez semi-aquáticos, mas fora as aves não existiram dinossauros voadores."

 (Momento em que passa voando o Yi Qi voando no quinto quadrinho)

"Ah f*&¨%$!"


 
Esquema mostrando a diferença entre o andar dos répteis e dinossauros
Para realmente reconhecermos um dinossauro, temos que encontrar características que só eles tenham. Algo que os diferencie dos demais répteis e sua característica mais nítida é o tipo de encaixe das pernas com o quadril. O que os permitiu andar ereto diferentemente de outros répteis, cujos membros se encaixam nas laterais do corpo de maneira arqueada, como no caso dos lagartos e crocodilos. Porém, a ideia do andar ereto não significa necessariamente andar em duas patas e sim o andar reto onde as patas ficam embaixo do corpo. 


Um esquema simplificado dos principais grupos de dinossauro e sua filogenia


Essa vantagem evolutiva, permitiu aos primeiros ancestrais dos dinossauros mais agilidade e também velocidade, garantindo sua sobrevivência e posterior diversificação nas mais de 700 espécies conhecidas, desde o Compsognathus  do tamanho de uma galinha, até o Puertasaurus, possivelmente o maior animal que já existiu. 


 
Esquema representando o Puertasaurus


Dado o seu sucesso evolutivo, duração no planeta e diversidade de formas e tamanhos, eles foram e são até hoje, uma das mais extraordinários grupos de seres vivos a existirem no planeta.  A noção de existência de seres tão gigantescos e diversos, além do tempo em que viveram nos cativam e dão uma sensação de humildade e contemplação sem precedentes do mundo natural.  Nas palavras do Proprietário do Jurassic World, Simon Masrani: “Para nos mostrar o quão pequeno e jovens nós somos neste planeta.”



Representação de um Anagaturama  e Anhanguera no Museu de Santana do Cariri
Réplica de esqueleto de Dinossauro do Museu de Geociências da USP
Vocês podem aproveitar e visitar os Museus que trabalham e expõem sobre dinossauros, como o Museu de Santana do Cariri, o Museu Nacional, o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC-RS e o Museu de Geociências da USP, que  conta com a exposição "Dinossauros?" e que dia 16 de Janeiro receberá a visita do Prof°. Luís Eduardo Anelli, divulgador científico e paleontólogo brasileiro. 



Carnotaurus robótico na entrada do Museu de Ciência e Tecnologia da PUC-RS



Obs: Ainda existem muitas polêmicas quanto aos hábitos do Espinossauro, se ele era realmente sub-aquático ou mesmo capaz de nada. Iremos abordar este e outros temas sobre dinossauros em textos futuros.

domingo, 3 de janeiro de 2016

A história de quando éramos peixes

A História de Quando éramos Peixes, é um livro escrito pelo Professor de Anatomia da Chicago University e biólogo evolucionário Neil Shubin.  Traduzido do inglês “Your Inner Fish”, o autor nos coloca em uma jornada atrás de nossas origens, mais especificamente, de nosso corpos, como surgiram nossos membros, nossos olhos, órgãos e assim por diante.  
Uma incrível jornada pelos mais diversos campos da biologia, assim como pelos pesquisadores e suas descobertas, desde peixes que poderiam caminhar em terra até arraias com nadadeiras bifurcadas e sua relação com nossos membros e inclusive, como a evolução nos proporcionou doenças. O livro é muito bem escrito, com a linguagem dinâmica e de fácil acesso, conseguindo transformar assuntos de genética e embriologia, aparentemente complicados em assuntos simples e didáticos, ainda que seja um pouco difícil se ater aos termos que ele usa, como numeração de genes e os seus ativadores. Apesar de conter poucas imagens, elas são bem distribuídas e extremamente simples, exatamente para contornar o problema da linguagem técnica e dos experimentos mais complexos.

É uma experiência reveladora que ele lhe proporciona, como nós, sobretudo nosso corpo e sua formação são produtos e ao mesmo tempo evidências da evolução. Olhe para sua carga genética, para os ossos de seus braços, do ouvido ou seu polegar disposto para fazer uma pinça com o indicador, são todas características que te ligam aos seus diversos ancestrais, sejam eles bactérias, peixes ou lêmures. Não é um livro de caráter técnico, mas que pode e deve ser utilizado por professores que vão abordar assuntos como evolução, anatomia e embriologia.




 O conteúdo do livro foi tão bem explorado neste aspecto que a PBS desenvolveu uma série com o Shubin como apresentador, também de mesmo nome.



sábado, 2 de janeiro de 2016

Seleção Artificial, problemas, soluções e um péssimo exemplo de divulgação.

Quanto aos conceitos de Seleção Natural e Artificial no vídeo, elas estão bem definidas, apesar de ainda pecarem em reafirmar: “Os mais fortes sobrevivem”, não precisa ser o mais forte, basta ser adaptado o suficiente para passar essa boa característica adiante.
Uma das maiores impressões que eles geram ao longo do vídeo é que o ser humano é “ousado” por querer mudar as espécies ou mesmo cruel por gerarem “monstros”. Apesar deles mostrarem animais que realmente são pouco agradável aos olhos, eles se esquecem ou deliberadamente omitem que este foi um processo essencial à domesticação das espécies, sejam elas animais ou vegetais, se atendo a falácia do naturalismo ou dando a entender que tudo o que é “natural” é bom.




Deixem-me dar um exemplo de por que nem tudo natural faz necessariamente bem: Infecções bacterianas. Originada de bactérias parasitas ou não que infectam o ser humano, gerando diversas doenças, septicemia e até morte.



Exemplo de Seleção Artificial da Mostarda Selvagem
Exemplo de Híbrido entre Leão e Tigre, o Ligre
















Outro ponto em que eles deixam terrivelmente exposto é quanto aos animais híbridos. 
Seleção Artificial não envolve hibridismo! Seleção artificial é o processo de cruzamento e seleção das melhores variedades. Este processo é o que gera as diferenças raças de animais e toda uma variedade de alimentos que comemos e dependemos hoje em dia, tal como repolho, couve-flor e brócolis, que são “raças” da mesma espécie, a mostarda silvestre.







Existem consequências em função da seleção artificial ?


Sim, existem. Ao selecionarmos um animal com uma característica que gostamos para reproduzir, corremos o risco de selecionarmos também uma doença inerente à ele, ou outra característica que não gostamos. Exemplo disso temos o Canário de Gibber Italicus, que devido ao acasalamento indiscriminado corre o risco de ser extinto, mas não somente ele, os amados pugs com pedigree, cada vez mais tem apresentado um focinho achatado, o que os impede de respirar corretamente.


Entretanto, em nenhum ponto isso somente gerou o mal ou faz mal, o pug que tantos amam atualmente, assim como inúmeras raças de animais domésticos e diversas plantas que comemos derivam deste processo e ele continua sendo essencial para desenvolvermos indivíduos para alimentação mundial.




Obs:
Um documentário interessante sobre estes efeitos negativos da seleção artificial e pedigree, foi exibido há muito tempo atrás (uns 6 ou 7 anos) no Animal Planet sob o nome brasileiro de Segredos do Pedigree.



Referências:






O vídeo que inspirou o texto: