sábado, 2 de janeiro de 2016

Seleção Artificial, problemas, soluções e um péssimo exemplo de divulgação.

Quanto aos conceitos de Seleção Natural e Artificial no vídeo, elas estão bem definidas, apesar de ainda pecarem em reafirmar: “Os mais fortes sobrevivem”, não precisa ser o mais forte, basta ser adaptado o suficiente para passar essa boa característica adiante.
Uma das maiores impressões que eles geram ao longo do vídeo é que o ser humano é “ousado” por querer mudar as espécies ou mesmo cruel por gerarem “monstros”. Apesar deles mostrarem animais que realmente são pouco agradável aos olhos, eles se esquecem ou deliberadamente omitem que este foi um processo essencial à domesticação das espécies, sejam elas animais ou vegetais, se atendo a falácia do naturalismo ou dando a entender que tudo o que é “natural” é bom.




Deixem-me dar um exemplo de por que nem tudo natural faz necessariamente bem: Infecções bacterianas. Originada de bactérias parasitas ou não que infectam o ser humano, gerando diversas doenças, septicemia e até morte.



Exemplo de Seleção Artificial da Mostarda Selvagem
Exemplo de Híbrido entre Leão e Tigre, o Ligre
















Outro ponto em que eles deixam terrivelmente exposto é quanto aos animais híbridos. 
Seleção Artificial não envolve hibridismo! Seleção artificial é o processo de cruzamento e seleção das melhores variedades. Este processo é o que gera as diferenças raças de animais e toda uma variedade de alimentos que comemos e dependemos hoje em dia, tal como repolho, couve-flor e brócolis, que são “raças” da mesma espécie, a mostarda silvestre.







Existem consequências em função da seleção artificial ?


Sim, existem. Ao selecionarmos um animal com uma característica que gostamos para reproduzir, corremos o risco de selecionarmos também uma doença inerente à ele, ou outra característica que não gostamos. Exemplo disso temos o Canário de Gibber Italicus, que devido ao acasalamento indiscriminado corre o risco de ser extinto, mas não somente ele, os amados pugs com pedigree, cada vez mais tem apresentado um focinho achatado, o que os impede de respirar corretamente.


Entretanto, em nenhum ponto isso somente gerou o mal ou faz mal, o pug que tantos amam atualmente, assim como inúmeras raças de animais domésticos e diversas plantas que comemos derivam deste processo e ele continua sendo essencial para desenvolvermos indivíduos para alimentação mundial.




Obs:
Um documentário interessante sobre estes efeitos negativos da seleção artificial e pedigree, foi exibido há muito tempo atrás (uns 6 ou 7 anos) no Animal Planet sob o nome brasileiro de Segredos do Pedigree.



Referências:






O vídeo que inspirou o texto:


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